14 de maio de 2019

Maternidade pela visão do pai


Olá pessoas!
Tudo bem com vocês?
Aqui quem escreve é o Pedro Ivo, aquele cara que está em algumas fotos com a Lu!


Hoje eu vim aqui para contar um pouco do que vejo sobre a maternidade, mostrar a minha visão como o alguém que está participando, falar sobre o que vejo.

Quando a Lu ficou grávida nós escutamos de várias pessoas, várias mesmo, que ELA é quem faria tudo, que ELA estava grávida, que ELA isso ou aquilo, e pasmem os parabéns também eram voltados todos para ela, só algumas pessoas, aquelas que nos conhecem bem que falavam com o pronome certo, “VOCÊS”.
Eu entendo que no mundo que a gente vive hoje, um mundo ainda machista, a mulher é vista por alguns como a dona do lar, quem irá cuidar dos filhos e esperar o marido chegar em casa. Desculpem o termo chulo que irei usar agora, FODA-SE o que os outros pensam, nós, e cada um de vocês, vivemos nossas próprias vidas.

A Lu, e quem a conhece de verdade sabe, não é mulher de viver a vida dos outros, é uma mulher independente, e eu, Pedro Ivo, o marido, vivo minha vida com ela, nós conversamos sobre TUDO o que queremos fazer, discutimos e chegamos a uma conclusão JUNTOS. Eu sou o companheiro dela, pelo menos tento ser sempre, em qualquer situação.

Mas voltando sobre a maternidade, caramba, eu vejo um monte de gente dizendo N coisas, cada um com uma opinião diferente, mas todos esquecendo um principio básico, cada mulher tem a sua reação e seu corpo. Eu trabalhei anos dentro de escritórios com quase 30 mulheres, e vi várias delas ficarem grávidas, cada uma teve uma reação diferente e depois que o bebê nasceu, cada uma sentiu de uma forma diferente.
Eu vi mulheres que se recuperaram rápido depois de parirem, e vi algumas que só sentiam dor e demoraram consideravelmente para voltar ao normal, não do corpo, mas da dor. Mulheres que conseguiram amamentar com facilidade e aquelas que ficaram com o mamilo em carne viva (eu NÃO vi os mamilos, só escutei elas falarem). E o principal, as mulheres que tiveram parto normal e as que fizeram cesárea, gente é muita loucura, a recuperação às vezes pode ser brutal.


O pior de tudo, de qualquer coisa que já ouvi foi a seguinte frase: “Mulher é o sexo frágil”. Desculpem de novo o palavreado chulo, FRÁGIL o caralho, porra nenhuma, vocês mulheres tem muito mais culhão do que muito homem que eu conheço.

Eu estou acompanhando de perto a recuperação da Lu, a dor no corpo, na cicatriz e nos mamilos, caramba, é uma loucura, e para piorar, vocês no início não podem ou não conseguem nem tomar conta do bebê do jeito que gostariam, tem que olhar de perto, mas que parece tão longe, outra pessoa dar banho, trocar a fralda ou colocar para dormir, por que vocês estão com dor. Um verdadeiro inferno.
Do lado de fora a maternidade é linda, só alegria e sorrisos, mas para quem a vive não é um mar de flores, são muitas emoções, sentimentos misturados e muitos, muitos hormônios ativos. É lindo e difícil.
A mulher não é o sexo frágil, mas isso não significa que ela não precisa de ajuda, ou seja, NÃO seja um homem babaca, levante a bunda do sofá e ajude a sua esposa, seja pai, faça a sua parte, pois esse é o mínimo que você pode fazer, e sem fazer cara feia, pois toda a parte ruim que a maternidade pode oferecer está acontecendo com a sua mulher.

Até o próximo texto, espero que essas palavras ajudem alguém.


Escrito por Pedro Ivo