Olá pessoas!
Tudo bem com vocês?
Aqui quem escreve é o Pedro Ivo,
aquele cara que está em algumas fotos com a Lu!
Hoje eu vim aqui para contar um
pouco do que vejo sobre a maternidade, mostrar a minha visão como o alguém que
está participando, falar sobre o que vejo.
Quando a Lu ficou grávida nós
escutamos de várias pessoas, várias mesmo, que ELA é quem faria tudo, que ELA
estava grávida, que ELA isso ou aquilo, e pasmem os parabéns também eram
voltados todos para ela, só algumas pessoas, aquelas que nos conhecem bem que
falavam com o pronome certo, “VOCÊS”.
Eu entendo que no mundo que a
gente vive hoje, um mundo ainda machista, a mulher é vista por alguns como a
dona do lar, quem irá cuidar dos filhos e esperar o marido chegar em casa.
Desculpem o termo chulo que irei usar agora, FODA-SE o que os outros pensam,
nós, e cada um de vocês, vivemos nossas próprias vidas.
A Lu, e quem a conhece de verdade
sabe, não é mulher de viver a vida dos outros, é uma mulher independente, e eu,
Pedro Ivo, o marido, vivo minha vida com ela, nós conversamos sobre TUDO o que
queremos fazer, discutimos e chegamos a uma conclusão JUNTOS. Eu sou o companheiro
dela, pelo menos tento ser sempre, em qualquer situação.
Mas voltando sobre a maternidade,
caramba, eu vejo um monte de gente dizendo N
coisas, cada um com uma opinião diferente, mas todos esquecendo um principio
básico, cada mulher tem a sua reação e seu corpo. Eu trabalhei anos dentro de
escritórios com quase 30 mulheres, e vi várias delas ficarem grávidas, cada uma
teve uma reação diferente e depois que o bebê nasceu, cada uma sentiu de uma
forma diferente.
Eu vi mulheres que se recuperaram
rápido depois de parirem, e vi algumas que só sentiam dor e demoraram
consideravelmente para voltar ao normal, não do corpo, mas da dor. Mulheres que
conseguiram amamentar com facilidade e aquelas que ficaram com o mamilo em
carne viva (eu NÃO vi os mamilos, só escutei elas falarem). E o principal, as
mulheres que tiveram parto normal e as que fizeram cesárea, gente é muita
loucura, a recuperação às vezes pode ser brutal.
O pior de tudo, de qualquer coisa
que já ouvi foi a seguinte frase: “Mulher é o sexo frágil”. Desculpem de novo o
palavreado chulo, FRÁGIL o caralho, porra nenhuma, vocês mulheres tem muito
mais culhão do que muito homem que eu conheço.
Eu estou acompanhando de perto a
recuperação da Lu, a dor no corpo, na cicatriz e nos mamilos, caramba, é uma
loucura, e para piorar, vocês no início não podem ou não conseguem nem tomar
conta do bebê do jeito que gostariam, tem que olhar de perto, mas que parece
tão longe, outra pessoa dar banho, trocar a fralda ou colocar para dormir, por
que vocês estão com dor. Um verdadeiro inferno.
Do lado de fora a maternidade é
linda, só alegria e sorrisos, mas para quem a vive não é um mar de flores, são
muitas emoções, sentimentos misturados e muitos, muitos hormônios ativos. É
lindo e difícil.
A mulher não é o sexo frágil, mas
isso não significa que ela não precisa de ajuda, ou seja, NÃO seja um homem
babaca, levante a bunda do sofá e ajude a sua esposa, seja pai, faça a sua
parte, pois esse é o mínimo que você pode fazer, e sem fazer cara feia, pois
toda a parte ruim que a maternidade pode oferecer está acontecendo com a sua
mulher.
Até o próximo texto, espero que
essas palavras ajudem alguém.
Escrito por Pedro Ivo